Renato Aragão, 79, falou em conversa com a revista “Playboy” sobre a perseguição que o humor sofre nos últimos tempos. O famoso garantiu que na época de “Os Trapalhões” as piadas que eram feitas com gays e negros não passavam de uma brincadeira.
“Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear”,explicou o intérprete do Didi que fez parte do grupo de humor durante quase 30 anos.
“Era uma brincadeira de circo entre mim e o Mussum. Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém. Hoje, todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso”, disse ele.
Renato ainda relembrou das críticas que os filmes de “Os Trapalhões” sempre receberam dos cineastas. “Eu nunca liguei para isso. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Mas, quanto mais eles me malhavam, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima”, disparou ele.