Apesar da forte veia cômica, a apresentadora e atriz norte-americana Joan Rivers, morta nesta quinta-feira (4), aos 81 anos, também deixou sua marca no mundo da moda. Conhecida por fazer a pergunta mais esperada pelas famosas que passam pelos tapetes vermelhos (“qual estilista você está vestindo?”), Joan ajudou a moldar o formato de cobertura que conhecemos hoje. Em meados dos anos 90, quando foi para a emissora norte-americana E! Entertainment Television, após passar pela NBC (“The Tonight Show”) e pela Fox (“The Late Show Starring Joan Rivers”), Joan começou a cobrir –ao lado de sua filha, Melissa– os tapetes vermelhos das premiações internacionais. Pioneira em vários sentidos, ela também ficou conhecida por ser uma das primeiras mulheres a fazer “stand-up comedy”. Ultimamente, longe dos tapetes vermelhos, Joan passou o bastão para os “Joan rangers” (vigias da Joan, em tradução livre do inglês) Giuliana Rancic, Kelly Osbourne e George Kotsiopoulos, seus colegas no programa “Fashion Police” –no qual comentam, com boas e maldosas tiradas, os looks que as celebridades usaram na semana. A apresentadora chegou a trabalhar dias antes de ser hospitalizada, em 28 de agosto. Na última edição do “Fashion Police” que apresentou, deleitou-se com as roupas usadas pelas famosas no Emmy e no VMA, premiações que aconteceram na semana em que foi internada. Assumidamente workaholic, a incansável Joan costumava dizer que não queria se aposentar e, quantos mais shows de comédia, programas e peças fizesse, melhor. “Fanática por ser bem-sucedida”, como disse seu agente Larry Thompson, no documentário “Joan Rivers: A Piece of Work” (2010), Joan também tinha alguns vícios, entre eles as cirurgias plásticas e o desejo de ser amada e vista por todos. E foi. No entanto, foi odiada pelas celebridades que provaram de seu maior veneno: o bom humor. Seus comentários vão fazer falta no mundo da moda.