Morreu aos 44 anos o fotógrafo, produtor de vídeo e computação Mauricio Spada e Souza, filho de Mauricio de Sousa, um dos cartunistas mais importantes do Brasil. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do desenhista, criador da Turma da Mônica.
Mauricio Spada morreu em sua casa, na madrugada desta segunda-feira, em São Paulo, em decorrência de um infarto fulminante. Ele deixa esposa e duas filhas.
“Meu filho Mauricio Spada nos deixou hoje. Seguiu o destino que todos nós temos ao fim do nosso período na Terra. Eu e toda a família vamos sentir sua falta, lembrar dele com saudade, abraçar suas lembranças e imaginar como será nosso reencontro. Sem dúvida com muita, muita conversa boa. Como ele gostava”, lamentou o desenhista, em nota enviada à imprensa.
Assim como os demais filhos de Mauricio de Sousa, Spada também tinha um personagem na Turma da Mônica, o Professor Spada, que dava aula de informática para as crianças e se transformava no. Dr. Spam. “Às vezes, quando fica muito nervoso, acaba se transformando no Dr. Spam, seu alter ego malvado que sonha em dominar o mundo usando a informática. Para criar o personagem duplo, Mauricio de Sousa se baseou no famoso conto O Médico e o Monstro”, dizia o comunicado.
Alguns dos personagens mais emblemáticos da Turma da Mônica foram inspirados nos dez filhos do desenhista, entre eles a própria Mônica, que fora das revistas trabalha com o pai como responsável pelo departamento comercial da Mauricio de Sousa Produções, e a Magali, que colabora como roteirista.
A história criada por Mauricio de Sousa é uma das maiores referências em quadrinhos do Brasil. Seus personagens foram adaptados para o cinema, televisão, vídeo-games e recentemente para apps em smartphones. Em 2013 a Turma da Mônica completou 50 anos e hoje suas histórias chegam a quase 50 países, alcançando mais de 1 bilhão de revistas publicadas. São mais de 100 indústrias licenciadas para produzir artigos com os personagens de Maurício de Sousa. O cartunista recebeu sua primeira homenagem internacional em 1971 com o Prêmio Gran Guinigi pela Revista Mônica, na Itália.