Ator de ‘Os Dez Mandamentos’ quis ser jogado de penhasco em cena: ‘Não deixaram’

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1464243-paulo-vilela-quis-usar-duble-na-cena-na-950x0-3Intérprete do servo Natan da novela “Os Dez Mandamentos – Nova Temporada”, Paulo Vilela afirma experimentar, pela primeira vez, uma repercussão maior de seu trabalho na TV. “É uma torcida impressionante com muita gente comentando o personagem nas redes sociais. Nunca senti isso”, contou o ator ao Purepeople. Na trama bíblica, o servo se transformou em um protetor dos filhos de Adira (Rayana Carvalho), após a midianita ser vendida como escrava.
“As pessoas gostam muito do Natan e torcem por ele, que ele encontre logo o Moisés (Guilherme Winter). Quando o Natan foi jogado de um precipício pelo Corá (Vitor Hugo), as pessoas me mandavam mensagens pela web dizendo ‘força, Natan’. É divertido isso”, acrescenta dizendo que tem o hábito de assistir o folhetim da Record ao mesmo tempo em que conversa com os fãs da novela responsável por aumentar os índices de audiência da emissora.
Segundo Paulo, ainda não há uma torcida para que o servo se apaixone. “O Natan está em outro foco, ele quer é proteger as crianças. Ele é meio que um herói e o público percebeu isso”, diz se referindo a Haya (Nicole Orsini) e Abner (Arthur Morais), filhos de Adira, a ser chicoteada por Rishon (Roney Villela) nos próximos capítulos.
Direção não deixou ator ser empurrado de penhasco
Em relação às cenas nas quais Natan é alvo de uma tentativa de assassinato , o ator teve vontade de abrir mão de um dublê, mas levou um “não” da direção. “Nós fizemos em uma região perto de Guaratiba (Zona Oeste do Rio) em um local conhecido como Pedreira. Foi algo complexo e bastante demorado de gravar. Vitor e eu estávamos muito perto do penhasco, mas presos pela cintura. Na hora em que o Corá empurra o Natan entrou um dublê”, relata. “Eu pedi para ser empurrado, mas a direção não deixou”, afirma com bom humor.
Paulo conta ainda não ter procurado nenhuma ajuda para poder mancar na novela elogiada pelos efeitos especiais. “Foi uma coisa intuitiva, não visitei médico e nem hospital. Levei para os nossos preparadores de elenco as maneiras como pensei em mancar e chegamos em um consenso”, explica lembrando que mancava ao passear com sua cadela de estimação. “Eu perguntava para as pessoas como estava mancando e até agora ninguém criticou”, completa ele um dos novos personagens da trama.
Assim como em “Os Dez Mandamentos”, na vida real o artista é ligado às crianças, mas não pensa em ser pai. “Aos 34 anos acredito que não vim ao mundo para isso. Gosto da parte boa da criança: de brincar, de dar tudo que ela quer, de fazer bagunça…Mas a parte da educação deixo para os pai”, aponta ele tio de quatro sobrinhos não descartando uma adoção no futuro.

Para viver o servo, Paulo está há três meses sem fazer a barba e deixou de raspar os pêlos do peito, barriga, pernas e braços. O visual é finalizado com um aplique nos cabelos. Sobre sua ligação com a religião, se define como um curioso. “Eu acredito em Deus e passei a falar mais com Ele depois da novela. Tocamos uma ideia diária. Mas já frequentei igreja evangélica, templo budista, centro espírita, ubanda”, enumera o ator escalado para a terceira temporada da série “Conselho Tutelar”, com gravações previstas para julho.
Em seu primeiro papel de época, afirma ter enfrentado dificuldades no começo das gravações. “Em outros trabalhos eu tinha mais liberdade de mudar uma palavra ou outra do texto, mas agora não. Não foi fácil no começo, porém agora flui bem melhor”, finaliza.
(Por Guilherme Guidorizzi)

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