Por Devair G. Oliveira
Atelácio Alves de Oliveira e Francisca Alves de Oliveira, ele nascido no Rio de Janeiro e veio
para o município de Lajinha e fixou residência na zona rural do Distrito do Prata de Lajinha, era arrendatário do Sr. Jovem França, ele tocava uma lavoura de café e plantava cana de açúcar e produzia melado e rapadura, além de sua produção de canas eles também produzia rapadura em parceria com outros produtores. A força de trabalho do Sr Atelácio era familiar contava com suas filhas e netos e alguns outros familiares.
“Nos anos de 1955 a 1965 meu avô morou na propriedade do Sr. Jovem França, onde era arrendatário de uma parte das terras, onde tocava uma lavoura de café, além da lavoura ele tinha outras atividades como açougueiro a moda antiga, comprava o boi, matava e vendia a carne nas imediações, uns compravam 4 quilos, outros 5 quilos ou mais e todo mês ele matava um boi, e isso geralmente era vendido no mesmo dia, pois não possuía meios para conservar o produto em refrigeradores, o povo era avisado e no dia certo iam lá na sua casa comprar”. Destaca seu neto Genaro.
Nessa ocasião era normal as pessoas fritavam as carnes e conservavam em latas de 20 litros que o povo adquiria nos comércios locais, eram latas que eram usadas como embalagem de querosene, já que as latas possuíam uma tampa que serviam para as pessoas armazenarem alimentos diversos, nessa época os refrigeradores eram quase impossível para as pessoas adquirirem, as pessoas viviam com a realidade de seu momento, usavam de técnicas para conservar os alimentos, as carnes eram fritas para serem armazenadas, e o povo usavam latas de 20 litros, que eram encontradas nos comércios locais que vendiam querosene, as latas de 20 litros que vinham em uma embalagem de caixote de madeira de pinho que vinham duas latas em cada caixa, tanto as latas, quanto as caixas de madeiras eram muito procuradas, as caixas de madeiras serviam para guardar alimentos e também era usada como padrão de medida, para medir milho, feijão, arroz, fubá e café cada caixa media 40 litros, as latas eram muito usadas para guardar variados produtos, arroz, feijão, fubá, banha de porco e carne fritas.
Outro negócio também do Sr. Atelácio era os produtos vindo do engenho de Cana de Açúcar, ele fabricava rapadura e melado, colocava no lombo de uma mula chamada Jangada e saia vendendo as rapaduras e os melados nas vendas das roças e nos povoados de Ocidente e de Prata, os locais mais pertos, mas também vendia para a cidade de Mutum e de Lajinha, nas imediações de até 50 Km.
Neste período dos anos 50, 60 no interior do país, o povo tinha que ser alto suficiente para sua sobrevivência dependia de suas lavouras e do que produziam, geralmente os proprietários produziam arroz, feijão, fubá, café e rapadura, muitos além de suas plantações cultivavam os alimentos para suas despesas, outros focavam só em uma cultura e depois da colheita vendiam para comprar outras mercadorias que vinham do Rio de janeiro no caso do interior de Minas.
“Então foi assim que meu avô fazia a vida e minha mãe era sua ajudadora para somar tudo fazer as contas e isso durou de 1955 até 1965 data em que ele e todos da família foram para o Paraná. Ele saiu do Distrito do Prata em 1965 direto para Campo Mourão na época o patrimônio de Fênix era Distrito de Campo Mourão e foi com sua família trabalhar na Fazenda Suriname, localizada a 428 km de Curitiba, na região Centro-Oeste do Paraná, onde se juntou com mais 80 famílias que trabalhavam nesta fazenda na colheita de algodão, informou Genaro.