Estava construída, no interior, a Estrada D.João VI, sem dúvida um chamariz para homem branco, lá pela metade do séc. XIX, os homens de espírito aventureiro e desbravador.
Um desses homens intrépidos foi Domingos Fernandes Lana, natural do arraial de arrepiados, hoje Araponga. Autorizado como curador dos índios da Província, atinge a cabeceira do Mana-Assu ou Manhuaçu, e desce até o aldeamento dos índios PURIS. Entrosa-se com eles e estabelece um comércio de ipecacuanha.
Com a chegada de novos exploradores, foise criando um clima de violência entre o branco e os selvagens. Para contornar a situação, Nicácio Brum da Silveira, nomeado curador dos índios de Manhuaçu, fundou, em junho de 1843, o aldeamento dos índios no lugar hoje conhecido por Ponte da Aldeia, entre Luisburgo e Manhuaçu, e destinou-lhe as terras da bacia do rio São Luís. Com isso eles se apaziguaram. Aí está explicada a presença desse casal de índios, dotados de relativa cultura, que tanto nos impressionou em nosso tempo de crianças, com suas lendas e estórias fantásticas.
Talvez tenham sido estes dois a única lembrança daquelas aldeias ali vigentes em 1843 e que perduraram até 1923 a 25. (As Cabeceiras Históricas de Manhuaçu – Monsenhor José Paulo de Araújo – Apud Manhuassu Cem Anos – 1877-1977)