Por Devair Guimarães de Oliveira
Uma das mais belas e intrigantes história do leste de Minas Gerais (Zona da Mata) “A República Manhuassu” ressurge agora materializada em um dos mais longos estudos que durou 12 anos feito pelo professor de história mestre Flávio Mateus dos Santos, uma história que se não fosse a dedicação desse mestre teria desaparecido. O fato acontecido em Manhuaçu deixou feridas profundas que até mesmo os familiares do coronel Serafim Tibúrcio preferiram esquecer e isso dificultou ainda mais a pesquisa do professor Flávio
“A história que não foi contada”, deixa de ser um mito, para ser a história de um trabalho cientificamente comprovado nas páginas do livro “A República do Silêncio” lançado dia 19 de setembro de 2009 na Casa de Cultura de Manhuaçu.
A Zona da Mata poderia se chamar a terra dos coronéis. Em todas as cidades não faltam praças e ruas com nomes de coronéis, todas elas retratando os antigos coronéis, patentes que no século passado eram adquiridas pelos grandes fazendeiros. Minas Gerais Em 1895, o ambicioso fazendeiro Serafim Tibúrcio da Costa, que tinha a patente não oficial de coronel, vale ressaltar que o poder deles em muitos casos eram maiores do que as dos coronéis de fato. Usando de seu poder coronel Tibúrcio assumiu a Prefeitura de Manhuaçu Zona da Mata mineira, a 288 quilômetros de Belo Horizonte, criando uma grande pressão dos seus opositores, houve uma tentativa de derrubá-lo. Para se vingar do então governador Crispim Jacques Bias Fortes, que se negou a apoiá-lo, o coronel declarou o município um país independente, com moeda e legislação próprias, em um discurso feito no coreto da praça, hoje com o nome de Praça 5 de Novembro, sete anos depois da Proclamação da República do Brasil, no dia 15 de junho de 1896.
Manhuassu escrevia com dois esses “A República Manhuassu” durou 22 dias. O governador enviou 25 praças, para combater os revoltosos, antes de chegarem a Rio Casca todos foram mortos por aliados do coronel Tibúrcio. Mais tarde o governador enviou um novo contingente de 100 homens que não conseguiram penetrar na nova República Manhuassu e acabaram se deslocando para Carangola, com isso Crispim Jacques pediu ajuda ao governo federal e foi enviado tropas do exército para combater coronel Serafim Tibúrcio. Foram designados 110 homens do 10º Batalhão de Infantaria, outras forças se juntaram ao 10º Batalhão de Infantaria perfazendo um total de 312 militares comandado pelo major Nelson Nascimento Pereira. Desta feita não houve derramamento de sangue, pois os revoltosos comandados pelo coronel Serafim Tibúrcio recebera ordem para recuar e partiram para o Espírito Santo.
Fonte: A República do Silêncio do historiador Flávio Mateus dos Santos
Ótimo trabalhor do Professro Flavio Mateus, Melhor ainda é ter em nosso quadro de funcionários.
Este resgate histórico é o de melhor que poderia acontecer neste início de seculo, neste recanto das Gerais.Parabens Mestre Flavio Mateus.
Terapeuta Julio
Em nossa escola, EE Manoel Agostinho Ferreira, só se fala da rep. do Manhuaçu, Flavio Mateus
é referncia de um verdadeiro empeendedor, que acredita no que faz, que o sonho é possível.
Ao nosso Mestre nosso abraço.
A Direção
É muito gratificante saber que há pessoas que se importam com a história de nossa cidade e de nosso povo. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas assim que puder, vou ler e tenho certeza que vou gostar muito.Parabéns pelo grande trabalho.
Abraços!!!