História das histórias de Manhuaçu

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Mais um ano de espera na janela da saudade

Jornalista Eduardo Satil
Tudo mudou a partir do dia 5 de abril de 2014. O sol nasceu e trouxe um colorido na imensidão. Como de costume, naquela manhã de sábado sai com destino ao meu trabalho, mas, durante o percurso uma ligação rápida e uma fala trêmula me deixou perplexo, porque informava que o ciclo de vida de minha “mãezinha” havia terminado ao amanhecer.
Quando se vive momentos especiais, a saudade também se torna especial devido a sua intensidade vivida e, o calor transmitido a cada abraço dado. Sempre foi assim com ela.
Todas as vezes que eu ligava, dizendo que iria para o almoço feito no fogão a lenha na casa dela, e com muito cuidado, ela acordava cedinho e me esperava na janela.
Quando me via, antes mesmo de me aproximar eu já sentia o calor de seus afagos e aquele sorriso carregado de felicidade e único, sua voz pacata me dizia: eu estava com saudade.
Tudo me embalava na emoção, como agora me envolve a saudade e solidão. Ela dizia: só escuto a sua voz. Que bom você veio. Pode entrar, que o cafezinho está na mesa para você tomar. O valor de tudo isso é imensurável e, não há dinheiro que pague.
Agora são 7 anos que não a vejo e, hoje, quem diz “estou com saudade” –sou eu. Eu estou com saudade da sua maneira, da simplicidade, do sorriso que apagou, do barulho dos seus passinhos e até do puxão de orelha por minha teimosia. Mas tudo era tão bom.
Dizem que o tempo encarrega de consertar, apagar e retomar. Mas não o amor de MÃE, e a ausência definitiva na vida da gente. Nada apaga e nem pode apagar. Precisa aumentar cada vez mais, para que entendamos que a figura de MÃE é sagrada no nosso cotidiano, e tem uma singeleza do amor de Deus.
A MÃE que fala, sorri, corrige, acompanha o filho a todo o momento e vive tudo o que é impossível para muitos, para ela se torna tão fácil a busca pela resolução, porque no coração existe algo muito diferente.
No coração sofrido ou não, existe um amor puro e verdadeiro, que nada é capaz de analogia. O amor de MÃE é muito mais. É mais belo que os lírios no campo, o verbo, o gorjear dos pássaros e o pôr do sol. É simplesmente o amor de MÃE.
E ela tinha um jeito peculiar, que nem a rosa, nem as estrelas, nem as ondas do mar são capazes de igualar, porque a “MINHA MÃE” era muito mais.
Resta aqui onde estamos a eterna saudade de alguém que dedicou, criou os filhos com toda a felicidade e, ainda fez com que enxergássemos o mundo de maneira perfeita. Assim também foi o ensinamento de meu querido PAI. Nos ensinou a tratar os outros com educação e gentileza, para que as pessoas pudessem gostar da gente.
MÃE….Falar da Senhora é preciso de livros e muitas páginas diante do que representou e representa para todos nós. Te amamos, mesmos separados através da distância, mas na certeza de que um dia nos encontraremos.
MÃE….VOCÊ É A MAIS BELA OBRA DE DEUS. Saudades da minha eterna, mãezinha.
Eduardo Satil

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