ALMA LAVADA
O vereador Francisco de Assis Dutra, o popular Chico do Juquinha, disse que estava lavando a alma com a renúncia. Chico do Juquinha jogou a toalha e deixou de ser o líder do prefeito na Câmara. Ele alegou que faltou diálogo com o prefeito, que ele não discutia os projetos, aliás, o ex-líder do prefeito só ficava sabendo do projeto quando este já estava na pauta de discussão na Casa do Povo. Fazendo a política da boa vizinhança, afirmou que não ia jogar pedra, “mas digo ao Nailton, cuida mais do município”.
IRONIA FINA
Paulo Altino pediu a palavra e lascou: Espero que dom Heringer não arrume mais um líder! O presidente Maurício de Oliveira Júnior brincou, dizendo que levou um susto. “Quando você pediu a palavra, achei que era para anunciar que você seria o novo líder do prefeito aqui na Casa”.
EXTRA, EXTRA
Até o quieto vereador Juarez Cleres Elói, que defende, quando possível, o prefeito, se manifestou: “era para tomar essa atitude há mais tempo”. E de antemão, afirmou que ele é que não vai ser o líder do prefeito na Câmara.
VAI SOBRAR
O prefeito, que não gosta de conversar com os vereadores, vai ter que gastar muita saliva para convencer alguém a aceitar ser seu líder na Câmara. Ou vai ter que gastar algum dinheiro, investindo em obras para as indicações do seu futuro líder, se é que vai ter. Pelo clima da renúncia do Chico, ninguém quer a bucha. O prefeito vai ter que puxar um vereador pelo cabo para ser seu líder. Anízio se faz de desentendido…
CIVILIDADE E CIDADANIA
Mascar chiclete é uma questão de civilidade e cidadania, dizem os especialistas em etiquetas. Para eles, não é bom senso mascar a goma em igrejas, salas de aula, locais onde é feito atendimento ao público e reuniões de trabalho. E numa sessão da Câmara? Alô, presidente, será que na PM pode?
FURO
Depois que o Jornal da Montanha publicou a matéria “Polícia Civil investiga descarte de cães mortos em aterro de Manhuaçu”, com lead “Investigador afirmou que vai levantar a situação e tentar resolver o problema porque já passou da hora e o poder público não fez nada”, divulgada no site na segunda-feira (3) e vista por mais de 3250 pessoas. Com a entrevista do vereador (investigador) João Gonçalves Linhares Júnior sobre a ossada de diversos cachorros descartadas a céu aberto perto do lixão, o assunto tomou outros rumos.
DEPOIS DO FURO
O inquérito que tramitava na Polícia Civil terá nova apuração. Linhares Júnior, na entrevista, afirmou que ia solicitar a perícia da polícia. Depois do furo do Jornal das Montanhas, a Ouvidoria pediu para a promotora Marina Brandão que determinasse a investigação. Portais e sites de outros veículos de comunicação (inclusive de jornalões do Estado) vieram atrás. Mas o mérito da luta, que não terminou, é da ativista Isabelle Villefort Carneiro e de outros protetores dos direitos dos animais. Leia matéria completa nas páginas 6 e 7.
SIMPLICIDADE NÃO É BURRICE
Um dos moradores de uma das comunidades usou da palavra livre na audiência pública que a Câmara realizou para discutir a nucleação nas escolas da zona rural e cobrou, com a Lei Orgânica (LOM) na mão: qual a função de um vereador? Se o prefeito não está cumprindo a LOM e os vereadores não estão fiscalizando, para que serve a Câmara?
NÓS TÍNHAMOS ESPERANÇA, OUÇA A GRAVAÇÃO
Em resposta, o vereador que falou pela Câmara disse que a casa ia à Justiça e que até trancaria a pauta de votação se a prefeitura não resolvesse o caso conhecido como fechamento das escolas rurais. Cinco comunidades não acreditaram, ou melhor, mais leve, não esperaram os vereadores tomarem a atitude prometida e foram até o Ministério Público (MP).
ALEGRIA, DECEPÇÃO E TRISTEZA
O telefone da redação tocou, era mais um dos líderes que estiveram na reunião da Câmara. Por favor, gostaria de saber sua opinião, não estou entendendo nada do que aconteceu; antes eles falaram uma coisa, agora, pasmem, na sessão seguinte à audiência pública, dois dias depois, os vereadores votaram projeto autorizando o SAAE, uma autarquia, a contratar funcionários, como queria o prefeito. Até ontem, nenhum vereador ou a Câmara tinham provocado o MP sobre a reivindicação dos moradores da zona rural.
DECEPÇÃO DO POVO E BLA-BLA-BLÁ
O povo da roça, como são chamados os moradores dos distritos, não é tonto. Um morador, matuto, questionou: como eles falam em bla-bla–blá do prefeito se eles mesmos dizem que o homem não conversa com eles? E completou, dizendo que a unanimidade dos vereadores era cena. Nelson Rodrigues já dizia que a unanimidade é burra. Alguém disparou: será que os vereadores esqueceram que o prefeito, quando tomou posse, pediu um prazo de dois anos para acertar a prefeitura!
CAFEZINHO
Seis vereadores compareceram para tomar um cafezinho com o prefeito Nailton Heringer e o presidente do Sindicato ?????????, Jaime????????, para discutir o reajuste dos funcionários públicos. O encontro foi no fim do expediente, no Paço Municipal, na sexta–feira (7). Segundo informações extraoficiais, Heringer ofereceu 5%, o que não repõe nem a inflação. Um dia anterior, a Câmara anunciou um reajuste de 9,98% para os seus servidores.
QUEM SÃO ELES?
Essa era a pergunta que rolava na Boca Maldita de Manhuaçu, entre um cafezinho e outro, o papo era só sobre vereadores e o prefeito. Em um dado momento, alguém disse: esperar o que desta Câmara? Quem acompanha todo o bla-bla-blá de que é o prefeito que não dialoga, agora quer saber, quem são os cinco vereadores que foram tomar o tal cafezinho das 30 moedas da traição? Quem é que vota a favor da população, fazendo fita, e depois, bom, isso deixa para depois.
No ponto central de taxi de Manhuaçu, os cães de rua encontram refúgio, proteção e alimentação. Na foto, o militante Moreira e o taxista Toninho alimentando dois cães.
VATICANO AUTORIZA PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE PADRE JÚLIO MARIA
O Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação do padre Júlio Maria de Lombaerde, um belga que viveu 16 anos em Minas Gerais, e que agora tem o título de Servo de Deus. O padre dedicou parte da vida à criação de escolas, hospitais, asilos e congregações que até hoje sustentam o legado de fraternidade do fundador. Entre 1928 e 1944 ele morou em Manhumirim, na Zona da Mata de Minas, de onde vem a mobilização popular para o reconhecimento do padre como um santo homem. Com a ordem da Santa Sé, o religioso passa da primeira etapa de um longo processo de quatro fases até a canonização. O padre morreu às vésperas do Natal de 1944, vítima de um acidente de trânsito quando viajava da cidade Alto Jequitibá para Manhumirim. Somente no ano passado, os membros das congregações Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento (Missionários Sacramentinos), Filhas do Coração Imaculado de Maria (Irmãs Cordimarianas) e Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora decidiram se mobilizar para o processo de beatificação. Alguns dos relatos de graças e milagres alcançados sob a intercessão de padre Júlio Maria são de Caparaó, Manhumirim e Carangola, todas cidades da região onde o religioso atuava. No primeiro caso, em 1946, uma mãe relatou a cura imediata de dois filhos atacados por coqueluche. A mesma senhora se disse curada de um inchaço no nariz, depois da aplicação relíquia do padre. No segundo caso, em 1947, a moradora Maria Lima Ribeiro agradeceu ao religioso duas bênçãos alcançadas em favor de uma filha e de um sobrinho. O terceiro relato, deste mesmo ano, é de um homem que alcançou uma graça para o filho. As histórias estão registradas em edições do Jornal Lutador, um periódico católico conhecido internacionalmente e fundado pelo Servo em 1928