Descrevendo a condição das famílias de nosso tempo, um escritor as comparou a transatlânticos que se entrecruzam nas caladas da noite. Por quê? Porque simplesmente não conversam, não se conhecem, não dividem as frustrações do cotidiano, nem racham as angústias, como também não dividem as vitórias. Tais famílias não se conhecem, não se compreendem. É como se cada membro fosse um ente à parte, sem nenhuma comunicação com o todo.
Se você está vivendo em família desse modo, certamente você deve estar lamentando que as coisas sejam assim, porque lá no íntimo você sabe o que está perdendo. A família é o primeiro e mais importante núcleo de relacionamentos de uma pessoa. Infelizmente, as demandas da vida moderna, a sobrecarga de trabalho, a exigência de cursos infindos, a lentidão do trânsito nas grandes cidades e mesmo uma certa indisciplina em relação à televisão ou à Internet, têm enfraquecido, quando não até destruído, as relações familiares. Mas se você acha que tudo está perdido, Deus não acha. Ele pensa diferente. Para ele, a vida em família, e vida com qualidade, pode ser recuperada, reorganizada e reconstruída. As coisas podem mudar para melhor. Basta que você tome uma decisão.
A decisão que precisamos tomar é parecida com a que tomou Josué, o líder de Israel, sucessor de Moisés, quando disse: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Se o Senhor for a referência principal da família, ela há de vencer os obstáculos e contornar as arapucas que o Diabo esconde em seu caminho. Porque, como disse o salmista, “SE o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; (…) Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Sl 127.1-2).
Seja qual for o problema que sua família estiver enfrentando, procure um lugar sossegado, ajoelhe-se ali e diga: “Senhor Jesus, tem misericórdia de mim… e da minha família”.
Pr. João Soares da Fonseca