Na cidade de Inchon, Coreia do Sul, um pastor foi preso pelos comunistas juntamente com a sua família. Levados para um tribunal improvisado, onde tudo o que o governo propunha era indiscutivelmente aprovado, foram convidados a abandonar a fé em troca de liberdade. É claro que a resposta foi não. Os comunistas tentaram de novo, mas sem sucesso. Então mandaram cavar um buraco onde a família toda seria enterrada viva.
Cavou-se o buraco na terra.
O oficial ainda tentou demover a família de sua fé, insistindo em que eles abandonassem as “superstições” dos cristãos. E de novo a resposta foi negativa.
Toda a família foi lançada no buraco. Enxadas e pás afoitas começaram a lançar terra para dentro do buraco. Nesse instante, um dos filhos levantou a voz e disse:
– Papai, por favor, pense em nós!
Este inesperado apelo do filho deixou o pai indeciso por um momento. Quem é pai pode entender perfeitamente os sentimentos desse homem. Mas então uma outra voz se fez ouvir naquele instante. A mãe interveio enérgica e enfaticamente:
– Nossa resposta é NÃO.
E voltando-se para os filhos, essa heroína da fé ordenou-lhes:
– Fiquem quietos, filhos. Então vocês não sabem que esta noite vamos jantar com o Rei dos reis e Senhor dos senhores?
E a estas palavras ajuntou um cântico que falava do céu (algo como Eu avisto uma terra feliz…).
A família prosseguiu cantando enquanto as pás ferozes da intolerância lançavam terra sobre seus corpos vivos. Cantaram, cantaram, cantaram, até suas vozes sumirem completamente sob o monturo. Entre a multidão de testemunhas, um silêncio indescritível.
Quem contou a história foi o pastor e escritor sul–coreano, Paul Yongi Cho, num de seus livros. Ele concluiu o relato afirmando que muitas pessoas que presenciaram a cena ali em silêncio, depois se tornaram crentes profundamente comprometidos com o Senhor. “Muitos ? diz Cho ? são membros de minha igreja”.
Pr. João Soares da Fonseca