Uma lição das crianças do Níger

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A missionária Adeísa Rodrigues Barbosa participou do Radical África 6. Trabalhando no Níger, ela escreveu que tomou a decisão de contar às crianças de sua aldeia a história de Jesus, já que elas nada sabiam dele: “… decidi me reunir com elas à tarde, levando violão, esteira, Bíblia na língua zarma, folhas, giz, tesoura e nosso fantoche Zaqueu. Com muita criatividade, ensinei-lhes desde a criação até os dias de Jesus. As crianças ficaram muito tristes ao saberem da crucificação, e comemora-ram a ressurreição como se tivesse acontecido naquele instante” (A Colheita, JMM, Ano IX, no. 47, Set/Out., 2012, p. 4).

Em sua simplicidade, as crianças do Níger nos dão uma lição. É preciso comemorar a ressurreição como se ela tivesse acontecido hoje. Porque para alguns leitores da Bíblia, o texto bíblico parece algo desbotado e perdido nas brumas do passado. É como se a Bíblia fosse apenas um livro de histórias. É claro que a história está aí para ser conhecida e analisada.

As crianças do Níger, porém, nos lembram que temos que trazer para a nossa vivência o principal evento evangélico. Há que comemorar a ressurreição de Jesus como se ela houvesse acontecido na manhã deste dia. Os evangelhos dizem que Jesus venceu a morte. Paulo o confirma em suas cartas. Mas o que é que isso tem a ver com a minha vida hoje? Isso afeta a minha vida afetiva? Serei um crente melhor, um filho ou um pai melhor, um patrão ou um empregado melhor… por ter Jesus um dia ressuscitado?

Se a ressurreição interfere no nosso passado e no nosso presente, que diremos do futuro? Será que a ressurreição pode definir o rumo de nossas vidas daqui por diante?

A Bíblia ensina que a igreja é a noiva de Cristo (Ef 5.25; Ap 21.9). Não diz que ela seja a sua viúva. Quem diz noivado diz futuro. Há um amanhã brilhante acenando para a igreja, porque o Seu noivo está vivo! “Porque vivo está, posso crer no amanhã”.

Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]

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