Segundo li, a expressão “sopa no mel” teria surgido entre os judeus. A cozinha judaica produz uma sopa feita com leite, que fica mais saborosa com uma boa colher de mel. Mas o mel só é adicionado ao caldo em ocasiões festivas ou como prêmio à criança que tirou boas notas na escola. Sopa no mel (neste caso não deveria ser mel na sopa?), é recompensa ao mérito. Aliás, tudo na vida tem recompensa. Se trabalhamos, temos salário. Se cruzamos os braços, temos necessidades insatisfeitas. Se estudamos, passamos na prova. Se não estudamos, ficamos reprova-dos. Se amamos, temos vida. Se odiamos, temos morte.
Jesus disse que aqueles que fazem orações para serem vistos, já receberam a sua recompensa, que é apenas serem “vistos” (Mt 6.5).
A recompensa maior, porém, não é a que vem dos homens, mas de Deus. Pedro afirma que os ministros obedientes à vocação de Deus terão uma recompensa: a “… coroa gloriosa, que nunca perde o seu brilho” (1Pe 5.4). Paulo, ao final de sua impactante jornada na terra, faz um balanço de sua vida espiritual e conclui: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.7,8). E no Apocalipse, Jesus promete: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
Martinho Lutero dizia que o uso da vara na disciplina da criança deve ser dosado com uma maçã. Ensinava ele que ao lado da vara, os pais devem colocar uma maçã. Assim, a criança fica sabendo desde logo: se se comportar mal, os pais usarão a vara. Se se comportar bem, os pais lhe darão a maçã. Se nós, “sendo maus”, sabemos recompensar os nossos filhos, muito mais o Deus sábio e justo que governa as nossas vidas. Diz a Bíblia que o mesmo Deus que nos disciplina com a vara da sua boca também nos premia com a recompensa de sua presença e de sua salvação
Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]