O fato teria acontecido no dia 8 de julho de 1854, em Londres, na Inglaterra, segundo nos conta Tony Campolo.
Um pastor anglicano foi escalado para acompanhar Charlie Peace, criminoso condenado à morte. Enquanto seguiam para o local da execução, o pastor abriu o Livro da Oração e começou a ler (na Igreja Anglicana, você sabe, é tudo lido; do início ao fim).
O pastor leu algo que dizia que quem rejeita a Cristo vai para o inferno. Por isso, convidou o criminoso a arrepender-se dos seus pecados e a depositar em Cristo a sua confiança, aceitando-o como único salvador.
Charlie Peace parou de repente, olhou para o pastor de modo bastante desafiador e perguntou: “Pastor, você crê sinceramente nisso que está me falando? Crê? Crê? Os cristãos de fato creem nisso? Eu não creio. Mas se eu cresse, como vocês afirmam crer, eu me arrastaria por toda a Inglaterra, iria a cada casa, insistiria com cada pessoa, mesmo que tivesse que passar de joelhos por um caminho cheio de caco de vidro…” (Let me tell you a story. p. 102-3).
A história da Igreja mostra que quando não nos envolvemos com a salvação dos homens, acabamos por nos envolver com questiúnculas, questões sem importância, que certamente envergonharão o nome de Deus e sua igreja.
Para Paulo, a pregação do evangelho era um imperativo de vida: “Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o Evangelho” (1Coríntios 9.16). Ele usou o substantivo “obrigação”. Isto porque evangelização não é capricho pessoal de alguns crentes. Não se ofereciam alternativas a Paulo. Era pregar ou… pregar. Falar de Jesus não é um ideal quixotesco que nos inunde por um tempo apenas. É paixão obsessiva cujo fogo se encontra em permanente combustão. É obrigação! É imposição do céu! E se corremos para lá e para cá no atendimento de imposições da terra, quanto mais não faremos para agradar ao céu?!
Pr. João Soares da Fonseca