Os episódios recentes resultantes da paralisação dos policiais militares no Estado do Espírito Santo só vieram confirmar, uma vez mais, a humilhante verdade de que somos todos saqueadores, pilhadores, pecadores. Foi só se tornar público que a polícia entrou em greve, e por uma semana a selvageria aflorou sem freios. Novidade para algum cristão estudioso da Palavra de Deus? Claro que não. É só retornar a ela, sobretudo, ao que disse Jesus: “Porque é do coração que vêm os maus pensamentos, os crimes de morte, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, as mentiras e as calúnias” (Mateus 15.19, NTLH). Jeremias não se iludia: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9, RAB). E ainda tem gente que aconselha os outros a seguirem o seu coração! Um raio-X do coração, feito pelo escrutínio de Deus, revelará toda a maldade que se esconde dentro da gente.
Os eventos em solo capixaba evidenciaram que só não há mais maldade do que a que vemos por causa dos mecanismos de controle social. Exercendo pressão sobre o indivíduo, tais mecanismos procuram inibir, desencorajar e frear o mau comportamento. Um desses mecanismos é certamente a força policial. No momento em que essa ferramenta foi desativada, como no caso da greve dos policiais, o que veio à tona foi lastimável: insegurança, medo, violência, bandidagem da mais feia, saques, crimes… O historiador britânico e filósofo da história, Herbert Butterfield (1900-1979), não viu os acontecimentos de Vitória, mas por ter analisado outros momentos da história, concluiu: “O que a história faz é pôr às claras o pecado universal do homem”. Ou seja, se Cristo não nos der um novo coração, estamos perdidos! Daí a oração mais necessária a ser feita seja a daquele cântico, que diz: “Dá-me um coração igual ao Teu, meu Mestre”. Se Ele não dominar o nosso coração, a selvageria tomará conta!
Pr. João Soares da Fonseca