Eram pesquisadores escoceses na área da botânica e desejavam recolher alguns exemplares de flores silvestres que cresciam apenas num grotão nas montanhas da Escócia. Mas o local era incrivelmente inacessível, como é típico daquela região. Passou um garoto, e os pesquisadores ofereceram alguns trocados para que ele entrasse num cesto amarrado a uma corda e descesse até lá no fundo, recolhesse as flores e então seria puxado de volta para cima. O garoto se interessou, porque a gorjeta não era desprezível, e não havia praticamente esforço algum a fazer. Mas aí, olhou para o despenhadeiro, para os pesquisadores, para um, para o outro, e lhes disse: “Eu desço, mas com uma condição: que meu pai esteja aqui segurando a corda”. Os pesquisadores sorriram e disseram: “Está bem; chamar o seu pai. Vamos esperar aqui”.
Quando retornou trazendo o pai, o menino entrou no cesto, confiante e decidido, sem qualquer demonstração de nervosismo (FOSTER, 1996, p. 253).
Paulo e Silas, “servos do Deus Altíssimo” (At 16.17), estavam imobilizados numa asquerosa prisão em Filipos por terem cometido o “crime da pregação”. Com um terremoto, porém, Deus arrebentou as portas da cadeia. O carcereiro, assustado, pensou que os presos houvessem fugido, e, sabendo que a fuga deles custaria a sua liberdade e a sua honra, ia se matar, atirando-se contra a própria espada. Paulo e Silas gritaram que ninguém havia fugido. Boquiaberto e trêmulo, o carcereiro fez uma pergunta que ecoa pelos séculos:
– Senhores, que devo fazer para me salvar?
A resposta dos pregadores foi então a mesma que qualquer pregador deve dar: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo; tu e a tua casa” (At 16.31). O carcereiro creu em Cristo. Sua família creu também, e todos foram salvos.
Crer em Jesus é entrar num cesto sustentado pelo braço mais forte que existe: o de Deus, nosso Pai amado e perfeito.
Pr. João Soares da Fonseca