“Conta uma lenda que certo artista havia descoberto o segredo de um vermelho extraordinário, que os outros artistas não conseguiam imitar”. O segredo de sua cor morreu com ele.
Após a sua morte, porém, descobriram-lhe no peito uma ferida antiga, sobre o coração. Isso revelou a fonte do inigualável tom de suas pinturas.
A lenda ensina que nenhuma grande conquista poderá ser feita, nenhum alto ideal será alcançado, coisa alguma de valor será realizada em prol do mundo, a não ser a preço de sangue vertido do coração!” (Cowman, Lettie. Mananciais do Deserto. Belo Horizonte: Editora Betânia, meditação do dia 7 de novembro).
Nas mais de 450 vezes em que emprega a palavra “sangue”, a Bíblia o associa com a própria vida. Derramar sangue era, para o hebreu, o equivalente a tirar a vida. Dar o sangue significava dar a vida.
O perdão que desfrutamos não foi adquirido com moeda podre. Tanto nos amou Jesus que chegou ao ponto de comprar a nossa liberdade, oferecendo, como pagamento, a sua própria vida, o seu próprio sangue. Como disse Pedro: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1Pe 1.18,19). O Cordeiro de Deus se deixou pregar na cruz, oferecendo-se como sacrifício derradeiro e definitivo, pagando de uma vez por todas o preço da nossa redenção. Os crentes descansam agora na certeza de 1João 1.7: “…se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. Por isso, em nossas igrejas nos unimos ao poeta ao cantar: “Do teu pecado te queres livrar? Seu sangue tem poder, sim, tem poder. Almejas tu do maligno escapar, Seu sangue tem este poder. / “Há poder, sim, força sem igual / só no sangue de Jesus…”.
Pr. João Soares da Fonseca