Certa vez um professor universitário, muito orgulhoso, precisou entrar num barquinho para atravessar um rio. Durante a travessia, notando a simplicidade do barqueiro, perguntou:
– Rapazinho, você leva por aqui uma vida muito simples; você não estudou, não é? Por exemplo, não sabe nada de matemática, sabe?
E o rapaz, humilhado, respondeu que não.
Então o professor contra-atacou: “Lamento dizer mas você perdeu 20% da sua vida”.
Mais um pouco, e o professor, entediado, resolveu agredir outra vez:
– Rapazinho, você aprendeu astronomia? Não? Então perdeu 10% da sua vida.
E finalmente:
– Rapazinho, você aprendeu algum idioma estrangeiro? Também não? Então perdeu outros 20%.
Viajaram mais um pouco, quando surgiu um problema. O barqueiro virou-se para o orgulhoso professor e perguntou:
– Professor, o senhor por acaso sabe nadar, não sabe?
– Não, por quê?
– Então perdeu 100% da sua vida, porque este barco começou a afundar.
Às vezes, nós nos achamos muito espertos. Pensamos que somos melhores que as outras pessoas, porque tivemos alguns privilégios em nossa criação, vida escolar, familiar etc.
E não só nos achamos melhores como ainda humilhamos os outros por não terem os mesmos privilégios que tivemos.
Que adianta ter a cabeça cheia de informações, uma parede cheia de diplomas e… na hora de um naufrágio não saber nadar?
Um dia, Jesus estava visitando a família de Marta, Maria e Lázaro, seus melhores amigos em Betânia, perto de Jerusalém. Notando que Marta se “matava”, correndo atrás de muitas coisas, “distraída em muitos serviços” (Lc 10.40), Jesus a repreendeu: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lc 10.41-42). Amigo, não adianta o homem “ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. Corra atrás do que é eterno; porque só o que é eterno vale a pena!
Pr. João Soares da Fonseca