Conta-se que certa vez um amigo de Mahatma Gandhi mostrou-lhe uma foto sua, de Gandhi. Ele a examinou e depois comentou: “Eu não sabia que eu era assim tão feio”. A Bíblia denuncia a feiura da nossa iniquidade. Se fecharmos as nossas Bíblias, iremos gradativamente pensar que temos em nós alguma beleza moral que nos faça merecer a salvação. Acharemos que fomos salvos pelos nossos méritos, e não por Jesus Cristo. Creremos que somos gente boa, esquecendo quão terrível foi o nosso passado, “destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23).
Em 1941, o Jornal Batista publicou um trecho de Adolfo Monod, pastor francês: “A Bíblia é perigosa para a incredulidade porque a confunde, para o pecado porque o acusa, para Satanás porque o condena, para o mundo porque o destrona, para as falsas religiões porque as desmascara. A Bíblia é perigosa para a igreja que se atreve a ocultar as verdades bíblicas ao público porque perto virá o dia em que a impostura de tal igreja será devidamente castigada e desmascarada” (Edição de 6 de março).
Uma empregada crente foi trabalhar para uma família também crente. Achando uma Bíblia, escondeu-a cuidadosamente. Algumas semanas mais tarde, a patroa perguntou: “Maria, você por acaso não viu a minha Bíblia por aí? Estou procurando, procurando, mas não acho”. A empregada soltou um grito de vitória: “Graças a Deus! Finalmente alguém nesta casa sentiu falta da Bíblia; eu a escondi, patroa”.
– Você? Escondeu? Está ficando maluca, mulher?
– Não, senhora, maluca que nada! É que toda vez que eu começo a trabalhar num lugar, a primeira coisa que faço é esconder a Bíblia e ficar esperando o que acontece. É assim que fico sabendo com que tipo de gente estou lidando.
A empregada estava certíssima em sua atitude: a maneira como reagimos diante da presença ou da ausência da Bíblia expõe a essência real dos nossos corações.
Irmão, não quebre o espelho. Não evite a Bíblia. Acerte sua vida pelo que ela ensina.
Pr. João Soares da Fonseca (jsfonseca@pibrj.org.br)