Estranhando a prolongada ausência do pai em casa, a neta de Magali Cunha chegou para avó e perguntou: “Vó, o papai ainda mora aqui?”
A pergunta da menininha me fez recordar um episódio semelhante, vivido por Billy Graham. Logo no início de seu ministério, o evangelista foi com sua equipe realizar as chamadas cruzadas na distante Austrália. Por lá, ele e a equipe ficaram muito tempo. Meses depois, quando Billy retornou a casa, o filho Franklin olhou estranho para o pai e foi perguntar à mãe quem era aquele homem.
Muitas vezes as exigências da vida roubam de nós o tempo que gostaríamos de dedicar aos nossos familiares. Mas uma coisa é certa: precisamos definir as prioridades. Se os filhos são pequenos, eles devem receber a devida atenção. Até porque, não ficarão pequenos para sempre, nem para sempre ficarão conosco. É comum encontrar pais que olham para trás e lamentam que não tenham podido dar mais tempo aos filhos. Agora, que gostariam de fazer isso, os filhos já cresceram e têm outros interesses! Por essas e outras é que o Eclesiastes ensinava que “TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Há um tempo, definido e limitado, quando podemos jogar bola com o filho, brincar de boneca com a filha, brincar de casinha, correr, empurrar de leve o filho num balanço, enfim… ser um pai ou mãe que dedique tempo para curtir a infância dessas pequenas criaturas que o Criador, por pouco tempo, nos emprestou. Quanto mais quando se sabe que essas serão as memórias mais gloriosas que conservarão consigo pelo resto de suas vidas!
O grande desafio que a vida coloca aos pais do século XXI é justamente encontrar o equilíbrio entre o presente e o futuro. Será que vale a pena dar aos filhos um futuro de riquezas perdendo com isso a vivência com eles na infância? Para achar esse equilíbrio, os pais necessitarão da suprema sabedoria do Céu.
Pr. João Soares da Fonseca