Candidato manifestou-se contrário ao aborto e pediu adesão dos demais
Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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O candidato a presidente da República pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Padre Kelmon, doou hoje (15) duas bíblias à biblioteca da Universidade de Brasília (UnB). O momento da entrega foi registrado em vídeo e publicado em redes sociais. Segundo divulgado pela campanha, não havia nenhum exemplar físico disponível no local. Padre Kelmon esteve no local acompanhado de seu candidato à vice-presidente, Pastor Galmonal.
“Para a surpresa dos dois, uma funcionária os informou que já existiram exemplares físicos, mas foram retirados e agora só há em formato digital”, registra nota divulgada pela campanha. Diante da situação, Padre Kelmon também anunciou o lançamento da campanha “Doe um Bíblia”, para mobilizar brasileiros cristão a oferecerem exemplares às bibliotecas públicas e privadas do país.
Cumprindo agenda na capital federal, o candidato do PTB também cobrou hoje que outros postulantes ao cargo de presidente da República adotem um posicionamento contra o aborto. Ele afirmou que irá convidar os candidatos que se assumem como cristãos a assinar um documento intitulado Pacto pela Vida.
Cópias endereçadas à Lula e à Ciro Gomes já foram entregues respectivamente nas sedes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Brasília. Também receberão o documento Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil). A expectativa é que os destinatários se posicionem no prazo de sete dias.
“Conclamamos todos os candidatos que se assumem como cristãos ou estes dizem representar, nestas eleições de 2022 para assinarem e comprometerem-se integralmente com o Pacto pela Vida cuja premissa única é o respeito ao mandamento divino ‘não matarás’, assumindo de forma clara e inequívoca a posição contra o aborto, que em essência trata-se do assassinato da vida humana, indefesa, ainda no útero materno”, diz um trecho do texto.
A lei brasileira permite o aborto em casos de estupro e risco de morte para a gestante e considera estupro presumido toda relação sexual envolvendo menores de 14 anos.
Sem fazer comentários sobre casos específicos, Padre Kelmon também abordou o assunto nas redes sociais e defendeu a importância do pacto proposto. “O Pacto pela Vida propõe um comprometimento verdadeiro, que confere legitimidade ao começo da vida desde a sua concepção até o término, na morte natural do homem”, reiterou o candidato do PTB.