Conheço algumas pessoas que acham que uma mentirinha aqui, outra ali, de vez em quando não faz mal a ninguém. Ah, não? Então ouça esta história, que li há alguns anos:
Um agricultor norte-americano plantava melancias. Eram as mais bonitas da região. No final da plantação havia uma estrada. Muita gente que passava por ali, vendo aquelas melancias, não resistia à tentação e, saltando a cerca, roubava algumas delas. O agricultor começou a perceber que isso estava acontecendo com muita frequência. Cada manhã ele ia lá e, com tristeza, constatava que estavam mesmo roubando sua produção durante a noite. Então teve uma ideia. Fez e pendurou entre as melancias da beira da estrada uma plaquinha com a seguinte frase: “Uma dessas melancias está envenenada”.
Na manhã seguinte, ele foi ao local e descobriu que sua estratégia dera certo. Não faltava nenhuma melancia. Na outra manhã, a mesma coisa. Ele já começava a comemorar a genialidade de sua ideia.
Foi quando veio a terceira manhã. Ele arregalou os olhos apavorado. Alguém riscara a primeira palavra, uma, e em seu lugar escrevera duas, e também deu um retoque no verbo, que agora passava para o plural: “Duas dessas melancias estão envenenadas”.
Duas, mas quais? Ele não sabia quais. Talvez fosse mentira (como ele fez!). Mas, e se fosse verdade? Para não correr o risco de ser envenenado, ele então teve que tomar uma decisão frustrante: jogar fora todas as melancias.
Pobre agricultor! Quis proteger o seu patrimônio usando uma mentira, e por causa da mentira acabou perdendo-o por inteiro.
Se a verdade é de Deus (e é, Jo 17.17), distanciar-se dela equivale a distanciar-se de Deus. É por isso que Paulo diz aos crentes: “…deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo…” (Ef 4.25). O apóstolo João falou da “verdade que está em nós, e para sempre estará conosco” (2 Jo 1.2).
Eliminemos a mentira de nossas vidas e de nossas palavras!
Pr. João Soares da Fonseca