Na oração modelo, Jesus diz que devemos pedir a Deus que nos livre do mal. As promessas do Senhor apontam não apenas para um livramento único mas para experiências múltiplas de livramentos também diversos. Os filhos de Jacó, servo de Deus, foram escravos no Egito por mais de quatro séculos. Durante a maior parte desse tempo, “continuavam gemendo debaixo da escravidão” (Êx 2.23a). Não pegaram em armas para se rebelar contra Faraó. Apelaram, antes, para uma arma muito mais poderosa, que é a oração. Diz a Bíblia: “Então clamaram, e o seu clamor por causa da escravidão subiu a Deus. 24 Ouvindo os gemidos deles, Deus lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. 25 E Deus olhou para os israelitas e viu a condição em que se encontravam” (Êx 2.23b-25).
Em resposta aos seus clamores, Deus diz a Moisés na experiência da sarça ardente: “…Tenho visto a opressão sobre o meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus opressores; conheço os seus sofrimentos. Eu desci para livrá-lo dos egípcios” (Êx 3.7-8a).
É tentador confiarmos nos recursos das nossas mãos, do nosso sobrenome, da nossa criação, do nosso dinheiro, das nossas armas. Esquecemos que “O cavalo é falsa esperança de vitória; não pode livrar ninguém com sua grande força” (Sl 33.17).
A experiência do salmista já o ensinara que “O anjo do SENHOR acampa ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34.7). Não nos é dito de que tipo de mal somos livrados especificamente. O que nos leva a crer, e a experiência o confirma, que o Senhor nos livra do mal físico, do mal moral e, sobretudo, do mal espiritual.
Os livramentos recebidos são tantos, que o salmista não se esquece de agradecê-los a Deus: “Tu és o meu esconderijo e me preservas da angústia; tu me cercas com alegres cânticos de livramento” (Sl 32.7). A cada livramento, não se esqueça de louvar a Deus!
Pr. João Soares da Fonseca