Henry Ward Beecher, grande pregador do século 19, contou a história de uma mãe, no interior do país, que estava lavando roupa num córrego. O único filhinho que tinha estava brincando por perto. Ela se distraiu em seus pensamentos e, quando voltou a si, notou que a criança não estava mais ali. Chamou o nome do menino, mas não houve resposta. Apreensiva, deixou tudo e correu a casa, mas o filho também não estava lá. Procurou em todos os lugares possíveis e imagináveis, e nada.
Já meio fora de si, entrou floresta dentro. Caminhou, procurou, e de repente encontrou o filho, mas já era tarde. Um lobo havia matado a criança. Com o coração estraçalhado, ela tomou nos braços o corpo sem vida do seu filho, apertou-o contra o coração e com todo o carinho levou para casa o corpo morto de seu filhinho amado. Beecher concluía: “Oh, como essa mulher passou a odiar os lobos”!
Todo crente deve alimentar igual ódio ao pecado (Sl 101.3-8).
Jesus curou um homem que ficou 38 anos paralítico. Depois de curado, Jesus o encontrou no templo e lhe fez um alerta: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (Jo 5.14).
Coisa pior? Então há coisas piores que uma paralisia! Claro que Jesus está falando do perigo a que a alma se expõe quando dá as costas para Deus. Jesus mesmo fala disso: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).
Ao orgulhoso rei da Babilônia, Nabucodonozor, o profeta Daniel exortou: “…ó rei, aceita o meu conselho e põe fim… aos teus pecados e às tuas iniquidades…” (Dn 4.27). Sabe por que se deve pôr fim aos pecados? Porque não há coisa pior que o pecado! Por isso, ao perdoar a mulher adúltera, Jesus disse a ela: “Vai-te e não peques mais” (Jo 11.8). Como bem fraseou Richard de Haan: “Não é errado odiar quando o que se odeia é o erro”.
Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]