Há alguns anos, numa pequena fazenda no Estado de Ohio, Estados Unidos, uma jovem esposa aguardava seu marido chegar do trabalho. Normalmente, ele chegava às 17h30, mas nesse dia não chegou.
Linda ligou para o trabalho; disseram que ele havia saído na hora de sempre. Deu 18h30, nada. Às 19h30, ela pôs os dois filhinhos para dormir. 20h30, 21h30… nada. Então, ela ligou para a polícia. Às 23h30, o delegado bateu em sua porta. O marido de Linda havia sido localizado em um celeiro próximo. Havia cometido suicídio.
Em estado de choque, Linda mal conseguiu caminhar nas semanas seguintes, paralisada pela agudeza do golpe. Um dia, levou o maior susto: Scott, o filho mais velho, também desaparecera.
Sentindo muito a falta do pai, o menino correu, chorando, para a casa do avô paterno. Todo mundo, especialmente um menino órfão de pai, com cinco anos de idade, precisa de um ombro onde possa chorar.
Linda decidiu mudar-se para perto de seus pais em Idaho. No dia em que viajaram, o menino chorou muito. Ele não queria ficar longe do seu avô-amigo. E Idaho era muito longe.
Semanas depois, já em Idaho, o menino sumiu de novo. A mãe chamou os vizinhos, que chamaram a polícia. Um helicóptero da polícia localizou o menino caminhando por uma ferrovia abandonada.
“Eu não estou perdido”, disse ele aos policiais. “Eu sei muito bem para onde estou indo. Estou indo ver o meu avô”.
Sem dúvida, aquele menino não estava perdido. Apenas não conseguia resistir aos apelos do próprio coração. Queria estar perto de quem o compreendia, que o ajudava a superar a sua crise. Seu avô paterno era seu melhor amigo.
Todos precisamos de um amigo assim.
No Brasil, celebra-se o Dia do Amigo a 20 de julho.
A ONU sugere o dia 30. Não importa. Basta saber que o amigo “ama em todo tempo” (Pv 17.17). Se você tem muitos amigos, parabéns! Se não, conheça Jesus. A amizade dele não termina com a morte. Ele é amigo para sempre.
Pr. João Soares da Fonseca