Nos anos da Grande Depressão nos EUA (1929-1930), morava em Chicago um senhor que tinha seis filhos e era carpinteiro. Um dia, a igreja de que fazia parte encomendou-lhe alguns caixotes para embalar roupas, que seriam enviadas para um orfanato na China. Ele os fez e os levou à igreja. De volta a casa, notou que algo lhe faltava. Não conseguia localizar os óculos. Revirou a casa inteira, mas não os encontrou. Muito lamentou essa perda porque, além de caros, ele os havia comprado na manhã daquele dia. A única hipótese era de que no momento de fechar os caixotes, seus óculos tivessem caído dentro de um deles, e assim teria seguido para a China.
Meses mais tarde, o missionário diretor do orfanato na China estava de férias nos EUA e desejava visitar todas as igrejas que apoiavam a sua obra. Vindo à igreja do carpinteiro, disse: “Quero agradecer também os óculos que vocês enviaram no ano passado. Os comunistas tinham invadido o orfanato e destruído tudo, inclusive os meus óculos. Mesmo que eu tivesse dinheiro, não teria como comprar lá óculos tão bons. Sem eles, além de não ver muito bem, passei a ter dores de cabeça diariamente. Então meus colaboradores e eu resolvemos orar sobre o assunto. Foi aí que chegaram os caixotes que vocês mandaram. Quando retiramos a tampa de um deles, os óculos estavam bem em cima. Experimentei-os e vi que era como se tivessem sido feitos de encomenda para mim”.
As pessoas pensaram que o missionário devia ter-se confundido, já que não havia óculos na lista de coisas que a igreja deveria enviar à China. Mas lá atrás, um simples carpinteiro agradecia a Deus o fato de ter sido usado por Deus para resolver o problema de alguém em terra tão distante.
“Pois o SENHOR, teu Deus, tem te abençoado em tudo o que tens feito; ele conhece tua caminhada por este grande deserto; o SENHOR, teu Deus, esteve contigo nestes quarenta anos. Nada te faltou!” (Dt 2.7).
Pr. João Soares da Fonseca