“O Senhor está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem” (Sl 118.6).
O que é que as pessoas podem fazer a nós? Além de nos desprezar e decepcionar, as pessoas também podem nos caluniar. Há gente que só se sente bem praticando a calúnia, falando mal dos outros. A calúnia cria dissensões, fomenta inimizades, destrói a reputação e até origina assassinatos. É um pecado que provoca e atrai outros mais. “O caluniador”, disse Benjamim Constant, “é um assassino moral”. E um provérbio chinês explica por quê: “É menos prejudicial um assassino do que um caluniador. Aquele somente causa uma morte; este é o causador de mil”.
Os cristãos sempre foram objeto de calúnia. Jesus mesmo preveniu os crentes acerca do constrangimento de tal situação: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa” (Mt 5.12). Assim foram injuriados os profetas, assim se perseguiram os cristãos do passado como são perseguidos os do presente. E enquanto Jesus não voltar, será assim também no futuro. Por quê? Por causa da discrepante incompatibilidade do cristianismo com os valores defendidos e promovidos pela incredulidade.
O salmista disse não temer o que o homem pudesse lhe fazer. Donde lhe vinha tanta segurança? Vinha da convicção expressa no início da frase: “O SENHOR está comigo”. Tendo Deus ao nosso lado, também nós não precisaremos temer a calúnia. Ele é nosso escudo contra os ataques da língua viscosa e nojenta do caluniador. Como diz um hino muito popular entre nós, “Cristo pode desprestigiar” a “calúnia mordaz”.
Por último, um alerta: será que nós também não temos incentivado a obra satânica do caluniador? Quando pomos nossos ouvidos a serviço da maledicência, estamos contribuindo para o fermento do mal. Li certa vez num quadro simples pendurado numa parede pobre: “Nesta casa não se fala mal dos irmãos; ora-se por eles”. Estamos fazendo isso?
Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]