Amor Revolucionário

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Entre 1899 e 1900 estourou na China uma sangrenta revolução, que ficou conhecida no Ocidente como a Revolução dos Boxers. Os boxers formavam uma sociedade secreta, de camponeses errantes, adestrados na luta do boxe (daí o nome boxers). Eles saíram por toda parte ferindo missionários ocidentais e chineses convertidos ao cristianismo, queimando igrejas e casas de ocidentais.

Dezenove mil soldados da Rússia, Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos e Japão uniram-se para invadir a China e defender os ocidentais. Tomaram Pequim a 14 de agosto de 1900, mas 250 estrangeiros já haviam sido mortos. Só um ano depois é que um tratado de paz foi assinado, em termos que deixavam a China humilhada.

Um grupo de chineses a cavalo prendeu um casal de missionários com seu filhinho de cinco anos de idade, amarrando-os numa árvore.

Um soldado pôs-se a chicotear o menino, fazendo tremer aquele corpo frágil.

– Papai, socorro! – Suplicava o menino.

Mas o pai, amarrado que estava, nada podia fazer, mesmo que o quisesse.

A triste cena continuava; cada vez que o chicote feria o garoto, ele olhava para o pai, e dizia, numa vozinha que ia aos poucos desaparecendo:

– Papai, socorro! So…cor…ro!

O terror parecia eterno. Por fim, o garoto curvou a cabeça e… morreu.

Por milagre, os pais escaparam da morte. Mais tarde, relatando a duríssima experiência, disseram: “Foi vendo o nosso filho morrer daquele modo que compreendemos melhor o amor de Deus por nós”.

Sim, Deus também viu seu Filho morrer lentamente, pregado numa cruz, em lugar da humanidade, e não o socorreu. Por maldade? Não, foi por amor. Por nos amar radical e revolucionariamente assim. Por isso, a Bíblia afirma: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Levante a cabeça: Deus ama você!

Pr. João Soares da Fonseca

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