Amor em baixa

305

Em Winnipeg, no Canadá, Jim Sulkers morreu dormindo, em 2002. Mas seu corpo só foi encontrado em 25 de agosto de 2004. Morreu, mas ninguém deu pela falta dele. Nenhum parente o procurou. Em dois anos, nenhum amigo sentiu a sua ausência. Nem os vizinhos. Tendo entre 40 e 50 anos, Jim estava aposentado por invalidez; sofria de esclerose múltipla. Além de morar sozinho, conversava pouco. A morte só foi descoberta, porque o funcionário do governo que lhe passava mensalmente o cheque da aposentadoria estranhou que Jim não aparecesse para buscar a sua pensão. Acionou a polícia, e o óbito foi descoberto. Um primo “distante, mas muito distante mesmo”, disse que Jim tinha vários parentes que moravam não muito longe. “Mas às vezes, à medida que as famílias crescem, elas se separam, e cada pessoa segue o seu caminho”, explicou o primo.

Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Ao dizer isso, a Bíblia está dizendo que, ao contrário, é bom que tenhamos uma família; é bom que nos preocupemos com o bem-estar de alguém mais, além de nós; é bom enfrentar, às vezes, o desafio de conviver com pessoas difíceis e crescer com elas. Nossa família não é perfeita – nenhuma é – mas o que seria da vida sem ela?

Infelizmente, o amor anda meio desacreditado. “Em 1768, a Enciclopédia Britânica dispensou à palavra ‘átomo’ nada mais que quatro sentenças. O ‘amor’ foi discutido em cinco páginas inteiras. Já em 1956, o átomo recebeu dez páginas e meia, enquanto que o ‘amor’ sequer foi mencionado” (Pão nosso de cada dia, vol. III, p. 83).

Precisamos redescobrir o poder do amor, bálsamo que pode minorar o sofrimento na terra. As pessoas precisam do nosso tempo, do nosso ouvido, da nossa ajuda e da nossa companhia. E nós, também nós, precisamos delas!

Lembre-se disso e venha participar da Conferência da Família a iniciar-se sexta-feira, às 19h30. O Pr. Gilson Bifano, especialista em família, estará conosco. Convide seus amigos e familiares!

Pr. João Soares da Fonseca

FAÇA UM COMENTÁRIO

Por favor digite um comentário
Por favor digite seu nome aqui