Em João 16.22, Jesus diz aos seus discípulos: “Vós, agora, na verdade, tendes tristeza, mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará”. Note bem: “a vossa alegria ninguém vo-la tirará”. Os discípulos estavam tristes e inconsoláveis com a iminente partida de Jesus, embora não soubessem muito bem como seria essa partida. Mas o tom do discurso de Jesus era de despedida, e isso eles percebiam claramente. Jesus disse a eles que por causa de sua morte, o mundo iria se alegrar. Mas que os discípulos se alegrariam por último com uma alegria superior e duradoura.
Nestes dias de Carnaval, muitas pessoas se lançam ao que pensam ser a verdadeira alegria. Mas a Palavra de Deus ensina que a alegria genuína não é a da carne, e sim a do Espírito. Porque a carne é passageira. Diz a Bíblia: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2.17).
A alegria do cristão independe de barulho ou nudismo. A alegria do cristão não precisa de disfarces escondendo as pessoas de sua verdadeira identidade. Nem é alegria subvencionada pelo vinho ou pelo álcool. Aliás, um provérbio antigo nos informa que “Netuno é o deus do mar, mas é Baco quem tem afogado muita gente”.
O Carnaval é uma fábrica de furtos, fornicação, confusão, brigas, desastres e até mortes, bem ao contrário do clima de amistosidade que sugere a propaganda oficial. Sem falar em lares que desmoronam e um sem-número de malefícios pessoais e sociais que se perpetram durante aqueles dias de “festa” da carne.
Não é possível entender como é que num tempo de razão esclarecida, como se julga ser a nossa época, ainda sejam promovidos os instintos mais baixos em detrimento dos valores superiores do espírito.
Que o Senhor se apiede de nós e de nossa geração, não nos transformando em cinzas esparsas como fez a Sodoma e Gomorra no passado!
Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]