“Por baixo se secarão as suas raízes e por cima serão cortados os seus ramos” (Jó 18.16).
O versículo acima traz o exemplo de árvore que não se alimenta e nem se estende para a fonte de água que está ao seu alcance. Antes, busca outras fontes que não a do Senhor Jesus. Ela passa a ter raízes fracas, e que fatalmente secarão mesmo junto ao ribeiro.
Saber buscar a água, de forma pura e verdadeira, representa saber diferenciar a fonte em que se bebe. Não pode a mesma dar dois tipos de água, uma boa e outra má. Não pode uma água limpa e fresca não alimentar nossas raízes. Temos que estender nossas raízes, para que entre nós não haja raízes que deem veneno, devido a se enganar de fonte.
Árvore sem raiz cai ao mais leve vento, pranteando seu tombar; não se qualifica para ser produtora de frutos. E, como raiz em terra seca, não recebe a chuva que cai sobre si, mantendo a vontade de não ter beleza perante Deus. É uma escolha morrer diante do Ribeiro; distraída pelas coisas do mundo, produtor de falsas fontes, onde o prazer carnal é a mais abundante água… Planta regada por essa água não tem raiz, por isso o sol a seca antes das primeiras horas.
A árvore com raiz… “Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde: e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto” (Jr 17.8).
Essa árvore não teme o vento nem a tempestade, e quando chega a calmaria causticante dos ares desérticos ainda se mantém daquilo que armazenou. Guardou para momentos como esses, em que o sol castiga mesmo as árvores que dão frutos. Mas, elas estenderam suas raízes, de dia e de noite, contando com uma sabedoria milenar, escrita pelas linhas das escrituras, revelando–se aos corações dos “chamados” que dão frutos, para serem os “escolhidos”.
Olhe para o nosso país! Denúncias, investigações, escândalos. O Ministério Público denuncia fatos e indica responsáveis. Em princípio todos negam qualquer envolvimento. O culpado não admite; nega enquanto puder!. Mas chega a hora em que não dá para negar. E até na hora de confessar, que haja algum prêmio. Quem nesse país não conhece a expressão “delação premiada”? Coisa que até bem pouco tempo não se ouvia falar! Toda verdade aparecerá? Todos os culpados serão responsabilizados? Tudo que foi roubado será devolvido? Difícil acreditar que sim. Mas podemos estar certos de que o Juiz de toda terra não se engana. Toda fome e sede de justiça será saciada. Sabendo disso, não nos desesperemos diante da injustiça e muito menos nos acomodemos às aparências. Como cristãos, tenhamos temor.
André Luiz Aparecido Canhos dos Santos ([email protected]) é Pr. Missionário, Teólogo e Escritor