Ano do Brasil em Portugal

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Meu primeiro texto premiado foi sobre os laços que unem Brasil e Portugal, quando eu tinha uns onze anos, mais ou menos e estudava no Grupo Escolar Teresa Ramos, em Corupá – SC, a cidade das cachoeiras. Tratava-se de um concurso de redação sobre o tema, de âmbito nacional, e em cada cidade era escolhido o melhor texto dos estudantes participantes. Não lembro direito, mas parece que entre os vencedores de cada cidade seriam escolhidos alguns para visitar a terrinha. Eu tirei o primeiro lugar da minha cidade e recebi o troféu – que não tenho mais, faz muito tempo e eu o perdi – em solenidade no cinema da cidade – quando ainda havia cinema nas pequenas cidades, uma honraria. Não é à toa que meus poetas preferidos, de há muito, são Quintana, Pessoa e Coralina.

Lembrei disso quando soube, falando com minha filha que está em Lisboa, do Ano do Brasil em Portugal, lançado em meados deste agosto, no Rio de Janeiro. Os eventos começam no dia 7 de setembro deste ano e vão até o dia 10 de junho de 2012, dia de Portugal. Nos dez meses de programação estão previstos, nos dois países, eventos culturais e também encontros e atividades nas áreas de economia, educação, tecnologia, turismo e esporte.

Desde 16 de agosto, até 5 de outubro, artistas e produtores poderão se inscrever para participar do processo de construção da programação do Ano do Brasil em Portugal. Serão selecionadas 72 atrações musicais para compor a programação do Espaço Brasil, de janeiro a junho de 2013, através do Edital de Música Ano do Brasil em Portugal.

Há, também, o Edital de Chancela, pelo qual se pode inscrever atividades em outras modalidades de arte que não a música.

É uma ótima iniciativa de fortalecer a integração entre os dois países irmãos. Estou inclinado a inscrever algum projeto dentro da literatura, pois pretendo ir para Portugal ainda este ano. Não vejo a hora de voltar à terrinha, para ficar mais tempo e conhecer mais, porque há muito para se ver em Portugal.

E participar do Ano do Brasil por lá. Representar a Santa e bela Catarina, este pedacinho tão açoriano do Brasil, representar Florianópolis e seu Ribeirão da Ilha, berço da colonização açoriana por aqui.

Por Luiz Carlos Amorim

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