Rio de Janeiro – A quadrilha de agiotagem desarticulada pela Polícia Civil na Operação Shylock, na manhã de ontem (27), mantinha cerca de 60 escritórios no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG). A informação foi divulgada hoje (28) pelo delegado adjunto da 19ª Delegacia de Polícia, Leonardo Macharet, responsável pelas investigações. Segundo ele, além das 15 pessoas presas ontem, a polícia encontrou na casa do suspeito de chefiar a quadrilha, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, aproximadamente R$ 1 milhão escondidos embaixo de um colchão.
Na operação de ontem, a polícia descobriu 15 escritórios de agiotagem e que o esquema movimentava mais de R$ 1 milhão por mês. Para o delegado Macharet, com o fechamento dos escritórios, a quadrilha vai encerrar as atividades. “Nesse momento, surpreende não a quantidade financeira, mas sim, a quantidade de escritório, os braços da quadrilha praticamente em todo o estado”.
Em relação às vítimas, o delegado alertou que elas devem procurar a polícia para formalizar denúncias, e não tentar agir por conta própria. “O principal conselho à população é não procurar empréstimos nesses escritórios de agiotagem. Os juros praticados por eles são muito acima do que os praticados no mercado em geral. Aqueles que forem vítimas, procurem as delegacias dos seus bairros para que todo criminoso que venha empreitar nesse sentido seja preso”.
Na operação foram apreendidos carros importados, lanchas, computadores e joias. A polícia também interditou apartamentos e casas de campo. Entre os presos estão dois policiais militares. Um deles fazia a segurança dos agiotas.
Agência Brasil