Isso ocorre porque sua respiração não é controlada pelo cérebro, mas por estruturas espalhadas pelo abdômen. Além disso, quando perdem a cabeça, um gânglio nervoso localizado no tórax passa a coordenar os movimentos, permitindo que fujam de ameaças.
Outro detalhe: o corpo delas tem um revestimento de células sensíveis à luz, permitindo que corram para as sombras para se proteger. Por não conseguirem beber água, acabam morrendo em até duas semanas.
As baratas são uma das espécies que menos alteram sua condição genética ao longo dos milhões de anos de sua existência. A única mudança está relacionada ao número de nervuras em asas e espinhos nas pernas. As baratas têm dois pares de asas, mas ao contrário do que se imagina, elas não são usadas para voar.
Elas não possuem olhos privilegiados, são quase cegas. A antena é seu grande diferencial: é por ela que as baratas sentem gostos, cheiros, detectam vibrações, mudanças de temperatura e umidade. É também por causa das antenas que elas conseguem sair correndo antes mesmo de você chegar até elas.
Em áreas urbanas as espécies de baratas mais comuns são duas: a barata de esgoto. São ativas principalmente à noite, quando deixam seus abrigos à procura de alimentos.
Possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo aqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Podem alimentar-se também de celulose como papéis, ou ainda excrementos, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, ao mesmo tempo, em que se alimentam. Preferem locais quentes e úmidos.
A barata de esgoto normalmente habita locais com muita gordura e matéria orgânica em abundância, como galerias de esgoto, bueiros, caixas de gordura e de inspeção. São excelentes voadoras.