Rio de Janeiro – Um dia depois de lançar, em Brasília, o programa SOS Emergências para qualificar e ampliar o atendimento nas emergências de 11 hospitais do país, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio de Janeiro, para apresentar a iniciativa. No Rio, além do Miguel Couto, o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste, também será contemplado pelo programa.
De acordo com Padilha, serão investidos no Miguel Couto R$ 300 mil por mês para instalar e garantir o funcionamento de um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar para melhorar a classificação de risco dos pacientes que chegam à emergência.
“Quem chegar aqui vai ser recebido por um profissional [do núcleo] que vai perceber a gravidade da condição do paciente para acelerar o atendimento. Os profissionais desse núcleo também vão reforçar a capacidade de reunir informações sobre o que se faz na emergência e encaminhar, quando necessário, pacientes a outras unidades, como as UPAs [unidades de Pronto-Atendimento], desafogando o atendimento no hospital”, disse Padilha.
O ministro ressaltou que o SOS Emergências também prevê na unidade um investimento de R$ 3 milhões destinados a medidas estruturantes, como a compra de equipamentos e reformas no setor. Padilha destacou que a unidade deverá ganhar, por intermédio do programa, um serviço de enfermaria de retaguarda para os pacientes que, tendo sido atendidos nos serviços de urgência e emergência, precisem de leitos para continuar internadas por um tempo curto.
“Estamos começando esse programa pelas maiores emergências do país, e o Miguel Couto concentra atendimentos de trauma, neurológicos e acidentes de trânsito, que são um dos grandes problemas no país. Inicialmente são 11 emergências e vamos chegar a 40 hospitais até 2014”, acrescentou Padilha.
No fim da visita do ministro, pacientes que aguardavam atendimento ambulatorial reclamaram da espera. aposentado Antônio Machado, 59 anos, contou ter chegado à unidade às 5h de hoje, acompanhando da mulher, que foi atropelada há alguns dias, para uma consulta com o ortopedista. Às 12h, no entanto, eles ainda não tinham sido atendidos. “A gente está esperando desde cedo e ainda não sabe a que horas conseguiremos um médico.”
Agência Brasil