Desemprego e descontrole de gastos são as principais causas de inadimplência no Rio

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A inadimplência no Rio de Janeiro deve-se, sobretudo, ao desemprego (33,9%) e ao descontrole de gastos (21%), de acordo com a pesquisa Perfil do Inadimplente, divulgada hoje (1º) pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). Foram ouvidos 800 consumidores que procuraram os postos de atendimento do Serviço de Proteção ao Crédito em setembro para limpar o nome.

Outros motivos identificados pela pesquisa para o não pagamento de dívidas no Rio são fianças e avais (11,3%), queda de renda (10,5%) e doença na família (8,1%), entre outros menos citados.

Dos entrevistados, 46,8% são homens e 53,2%, mulheres. Em comparação com a pesquisa do ano passado, foi constatado aumento do grau de instrução e uma acentuada mudança na idade média dos inadimplentes. Cresceu o número de consumidores inadimplentes com mais de 21 anos de idade enquanto caiu o calote na faixa etária a partir de 60 anos.

Os inadimplentes ouvidos na pesquisa foram incluídos no cadastro de devedores por dívida contraída em bancos, empresas de cartão de crédito, comércio, financeiras, empresas prestadoras de serviço e de financiamento imobiliário. O crédito foi feito, principalmente, por meio de cartão de crédito, cartão de loja, cheque e carnê.

De acordo com o presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, lojas que vendem com prazos mais longos são as que mais sofrem com a inadimplência. “Mas a boa notícia é que, além da retomada do crescimento das vendas no comércio, o nível de inadimplência vem caindo. No acumulado dos nove meses do ano, [a queda] foi 1,4% e as dívidas quitadas cresceram 6,4%. Isso mostra que os lojistas têm sempre uma boa proposta de renegociação dos débitos, reduzindo ainda mais a inadimplência”.

A pesquisa mostrou que 8,1% dos entrevistados têm prestações atrasadas de, no máximo, R$ 100,00. Para 10,5%, o valor da prestação em atraso não passa de R$ 200,00 e, para 8,9%, o valor atinge R$ 350,00.

Quando tiveram os nomes incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito, 33,1% dos devedores trabalhavam informalmente; 28,2% estavam empregados no comércio; 9,7% eram prestadores de serviços; 8,1% estavam na indústria e 5,6% na construção civil e em outras atividades.

Perguntados se a situação financeira melhorou em relação ao ano passado, 37,1% dos entrevistados responderam que sim; 42,7% disseram que está igual e 19,4% acham que a situação piorou. Após quitar a dívida, 38,7% dos entrevistados disseram que pretendem voltar a fazer compras nos próximos meses e restabelecer seus cartões de crédito.

 

Agência Brasil

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