Nesta sexta-feira(29), é celebrado o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, a resolução do conflito israelita-palestiniano continua a ser um dos desafios mais complexos que a comunidade internacional enfrenta atualmente. Infelizmente, no ano passado, não se registaram desenvolvimentos positivos e a situação no terreno continua a deteriorar-se.
Este Dia Internacional de Solidariedade chega durante um dos capítulos mais sombrios na história do povo palestino. Estou horrorizado com a morte e a destruição que assolaram a região, mergulhada em dor, angústia e desolação.
Os palestinos em Gaza estão sofrendo uma catástrofe humanitária. Quase 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas – mas nenhum lugar é seguro. Enquanto isso, a situação na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, corre o risco de se agravar.
Apelo a israelitas e palestinianos, e a todos os seus apoiantes, que tomem medidas que restaurem a esperança na solução de dois Estados. Não há outra alternativa viável. É uma perigosa ilusão pensar que o conflito pode ser gerido ou contido perpetuamente. Somente com negociações construtivas entre as partes, de boa-fé, com o apoio da comunidade internacional, a adesão das resoluções firmes das Nações Unidas e parâmetros previamente acordados, haverá uma solução justa e estável, com Jerusalém como capital dos dois Estados.
O que é necessário, em primeiro lugar, é liderança e vontade política. Os esforços da sociedade civil e daqueles que, em ambos os lados, procuram preencher o vazio entre israelitas e palestinianos também precisam de ser apoiados.
Acima de tudo, este é um dia para reafirmar a solidariedade internacional com o povo palestino e seu direito de viver em paz e com dignidade.
Isso deve começar com um cessar-fogo humanitário de longo prazo, acesso irrestrito à assistência para salvar vidas, a libertação de todos os reféns, a proteção de civis e o fim das violações do direito internacional humanitário. Devemos estar unidos em exigir o fim da ocupação e do bloqueio de Gaza.
Já passou da hora de avançar de forma determinada e irreversível para uma solução de dois Estados, com base nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional, com Israel e a Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança, com Jerusalém como capital de ambos os Estados.
As Nações Unidas não vacilarão em seu compromisso com o povo palestino. Hoje e todos os dias, vamos estar solidários com as aspirações do povo palestino de alcançar seus direitos inalienáveis e construir um futuro de paz, justiça, segurança e dignidade para todos.