Gláucio, Fioravante e Antônio são personagens de uma trama tristemente verdadeira e verdadeiramente trágica. Os três eram de relações muito complicadas. Brigavam por dá cá aquela palha. Não conheciam limites. Eram analfabetos em princípios, mas adeptos ferrenhos da filosofia da esperteza: os três tinham o hábito de furtar. Não surpreende, porém, que tenham exibido tal comportamento, já que sobre a pessoa do próprio pai pairava a suspeita de ser ladrão de cavalo, no início do século XX.
Com um pai assim, a esperança de virtude seria a mãe. Que nada! Quando qualquer um dos três meninos chegava a casa com um objeto roubado, ao invés de fazer o que toda mãe decente faz, que é mandar devolver, mesmo com choro e resmungo, a mãe rasgava-se em elogios à perspicácia do menino desonesto. O resultado?
Os três morreram no apogeu da juventude. Gláucio foi assassinado em 1959 numa tocaia em Água Limpa, Nova Venécia (ES), num ato de vingança pessoal. Não se sabe quem apertou o gatilho de dentro do mato. Morreu nos braços da mãe.
O segundo, Fioravante, foi assassinado na década seguinte em confronto com a polícia no Estado do Paraná, em circunstâncias que a própria família ignora até hoje.
O caçula Antônio morreu em 1986 numa briga boba entre torcedores fanáticos por um time de pernas-de-pau do interior de Barra de São Francisco (ES).
Alguém poderia tentar explicar o que aconteceu a estes meus parentes atribuindo tudo ao destino, ou ao DNA (ai de mim!), às estrelas, a isso ou àquilo. Mas a explicação da Palavra de Deus é, de longe, a mais convincente: “Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte” (Pv 23.13-14, NTLH). É mesmo: “poderão até livrá-la da morte”. Pais, querem que seus filhos tenham relacionamentos saudáveis? Amem e disciplinem seus filhos! Sem isso, pode não haver futuro para eles.
Pr. João Soares da Fonseca [email protected]